A polêmica envolvendo Tilly Norwood, "atriz" gerada integralmente por IA, é um momento de inflexão que expõe uma questão fundamental sobre os limites éticos da tecnologia na criação artística.
A reação indignada de atores e atrizes não é meramente corporativista - é a defesa legítima de uma profissão que depende fundamentalmente da autenticidade, vulnerabilidade e experiência de vida que apenas seres humanos podem oferecer.
Enquanto 3D e efeitos visuais complementam a narrativa humana, uma "atriz" de IA pode substituí-la completamente, eliminando a própria essência da conexão emocional entre artista e público.
Se permitirmos que personagens sintéticos ocupem o centro do palco artístico, corremos o risco de criar uma cultura onde a simulação da emoção substitui a emoção genuína e onde a eficiência tecnológica prevalece sobre a profundidade da experiência humana que dá significado à arte.
Há 71 anos…
…nascia Guy Steele Jr. Ele desempenhou um papel crucial no desenvolvimento de várias linguagens de programação, como Scheme, Common Lisp e Java. Sua contribuição para a especificação e design de linguagens de programação moldou as ferramentas utilizadas por desenvolvedores de software em todo o mundo.
PRINCIPAIS NOTÍCIAS
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Tilly Norwood: polêmica da atriz gerada por IA

Criada com Gemini
Tilly Norwood, personagem criada integralmente por IA, tornou-se foco de intensos debates e protestos em Hollywood desde sua apresentação oficial durante o Zurich Summit em setembro de 2025.
O estúdio Xicoia, sob direção de Eline Van der Velden, criou Tilly para atuar em filmes, séries e publicidade, mantendo forte presença nas redes sociais com milhares de seguidores.
Uma controvérsia surgiu quando agências de talentos demonstraram interesse em representá-la, gerando receio entre profissionais do setor de que personagens gerados por IA pudessem substituir atores humanos.
O Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG-AFTRA) emitiu comunicados críticos, afirmando que Tilly Norwood "não é uma atriz", mas sim um produto sintético treinado a partir do trabalho de artistas reais, sem sua permissão ou remuneração.
Diversos atores e atrizes renomadas como Emily Blunt, Melissa Barrera e Mara Wilson se manifestaram publicamente contra a iniciativa, classificando-a como "aterrorizante" e um "ataque à arte humana".
A criadora Van der Velden defende o projeto como uma forma de arte, comparando-o ao uso de animação e CGI, mas a reação predominante do mercado permanece negativa.
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Meta usará conversas com IA para personalizar conteúdo e anúncios
A Meta anunciou que, a partir de 16 de dezembro de 2025, usará conversas dos usuários com Meta AI para personalizar conteúdo e anúncios no Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. Se um usuário conversar sobre caminhada com a IA, poderá ver grupos de caminhada, posts de amigos sobre trilhas ou anúncios de calçados esportivos.
A empresa excluirá tópicos sensíveis como orientação sexual, visões políticas, saúde, origem racial, crenças religiosas e associação sindical. Não há opção de opt-out, mas os usuários podem ajustar preferências de anúncios.
Por que isso importa: Representa expansão massiva na coleta de dados pessoais pela Meta, permitindo a criação de perfis publicitários ainda mais detalhados com base em conversas privadas. Isso levanta sérias questões sobre privacidade e vigilância comercial através da IA.
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Periodic Labs lança laboratório com robôs para pesquisa científica
A startup Periodic Labs recebeu US$ 3000 milhões para criar laboratórios autônomos, onde robôs realizam milhares de experimentos em ciência dos materiais e controlam o ciclo fechado dos dados.
O objetivo é avançar além dos limites da IA treinada somente em textos, gerando descobertas reais e acelerando a inovação em áreas como supercondutores e eficiência na fabricação de chips.
A iniciativa envolve pesquisadores de ponta que visam usar IA para processar informações e conduzir experimentação física, permitindo descobertas inéditas que ultrapassam a base de dados da web.
Por que isso importa: A pesquisa científica pode se transformar ao usar IA generativa e laboratórios autônomos para acelerar descobertas em ciências físicas, criando novos materiais e soluções. Isso pode avançar supercondutores, semicondutores, energia, Lei de Moore e exploração espacial, impulsionando inovação e parcerias.
PARA ENCERRAR
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O texto dessa newsletter foi revisado pela Clarice.ai.
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